Engana-se quem pensa que Sophia Abrahão ficou com medo das possíveis comparações de sua personagem Alice, de Rebelde, da Record, com a Mia, feita pela atriz e cantora mexicana Anahí, dona do papel na versão original da novela que foi um fenômeno. Muito pelo contrário! A gatinha de 19 anos é admiradora do trabalho da estrela latina que ganhou o mundo.
"Sei da importância e do peso que a novela teve no México e em outros países, e de como Anahí é querida e se tornou popular. Ela é uma artista completa que atua, canta e dança com primor. Sem dúvida é uma inspiração, mas quero interpretar a minha Alice. Tenho me esforçado muito para honrar o papel que me foi dado", explicou Sophia.
Seu primeiro trabalho na telinha foi como a malvada Felipa, de Malhação, em 2009. Mas antes de ser atriz, a jovem se destacou como modelo internacional, chegou a morar na China e aprendeu mandarim. Quer saber mais sobre a gata? Vamos lá!
Nasci em São Paulo e ainda bebê meus pais optaram por me criar em um lugar mais próximo da natureza. Então fomos viver em uma chácara no interior. Passei minha infância mergulhando no rio, pescando, fazendo trilha no meio mato com meus cachorros e subindo em árvore.
Como foi o começo da sua carreira?
Aos 13 anos eu já fazia catálogos e desfiles. Aos 14 passei em uma seleção para modelar em Seul, capital da Coreia do Sul, mas meus pais julgaram que era muito nova para sair do Brasil sozinha. Então, não fui.
Mas logo depois você foi para a China, certo?
Sim, aos 15 recebi um novo convite para trabalhar como modelo internacional e, dessa vez, meus pais não conseguiram me segurar (risos). Morei lá durante quatro meses, mas absorvi tanto daquela viagem que parece que foi muito mais.
O que aprendeu de mais interessante?
Fiz um trato com meus pais, que mesmo trabalhando como modelo iria tentar aprender tudo de bom que a sociedade chinesa pudesse me ensinar. Assim, chegando lá, me matriculei em um curso de mandarim, que embora seja um idioma extremamente difícil, consegui aprender o essencial para me comunicar, já que nem todos falam inglês por lá.
Mas quando pintou a ideia de fazer o teste para ser atriz?
Quando voltei da Ásia iniciei um curso de atuação direcionado para a TV. E logo fui chamada para o primeiro teste na Globo. Para minha surpresa e alegria, fui aprovada para Malhação. Em uma semana me mudei para o Rio pra começar a gravar.
É um personagem diferente de todos que eu já fiz. Ela é uma garota doce, sonhadora, apaixonada, mas que também tem muita personalidade. O mais legal do texto adaptado pela Margareth Boury é que a mocinha não é apenas boazinha. Ela erra, se estressa, briga, assim como acontece na vida.
Tem medo de ser comparada com a Anahí?
Não diria medo, e sim atenção com a responsabilidade que isso representa. Acredito que cada artista tem seu espaço, e quando ele é sólido, como no caso da Anahí, nada nem ninguém o ameaça. Não estamos fazendo Rebelde para tomar o lugar de ninguém. Pelo contrário, queremos apresentar uma versão nossa, brasileira, para uma novela de tanto sucesso! Por isso fomos aconselhados a não assistir à trama mexicana, para, justamente, não cairmos na armadilha de imitar os personagens, portanto a Alice é bastante diferente da Mia. Admiro muito a Anahí como artista e o modo como ela lida com seus fãs. Acredito que a novela obterá o mesmo êxito da versão dos nossos hermanos!
A Alice faz parte de uma banda e você tem que cantar. Como se preparou para isso?
Minha experiência com o canto é recente. Comecei a cantar para atuar na peça Confissões de Adolescente em 2010. Mas antes disso a música sempre esteve muito presente na minha vida. Portanto, tenho aproveitado bastante a oportunidade de trabalhar minha voz. Tivemos aula com a Tutti Baê, que é a professora do Ídolos e uma artista incrível.
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